A Evolução da História do Pensamento Econômico: Das Origens ao Século XXI
- Sago Investimentos

- 30 de set.
- 12 min de leitura
O estudo do pensamento econômico é mais do que uma viagem intelectual; é uma ferramenta para compreender a própria trajetória da humanidade.
Cada sociedade, em cada época, desenvolveu teorias e práticas para lidar com escassez, produção e distribuição de riqueza.
Desde os filósofos gregos até as correntes modernas da economia comportamental e ambiental, cada fase dessa evolução revela como os seres humanos buscaram soluções para seus dilemas coletivos.
Conhecer essa história não significa apenas olhar para trás. Significa entender por que tomamos determinadas decisões econômicas hoje e como ideias antigas ainda ecoam em políticas públicas, finanças pessoais e estratégias empresariais.
Nesse contexto, o livro A Riqueza das Nações de Adam Smith é considerado a obra fundadora da economia moderna. Ainda que publicado em 1776, seus conceitos sobre livre mercado e divisão do trabalho continuam sendo pilares para compreender o capitalismo.
As Raízes do Pensamento Econômico na Antiguidade
Contribuições da Grécia Antiga
Na Grécia Antiga, o pensamento econômico estava intimamente ligado à filosofia, à política e à ética. Filósofos como Xenofonte, Platão e Aristóteles escreveram sobre temas que hoje reconhecemos como fundamentos da ciência econômica.
Xenofonte (430-354 a.C.) foi um dos primeiros a refletir sobre administração doméstica (oikonomia), origem do termo “economia”.
Platão, em A República, discutiu a organização da sociedade, a divisão do trabalho e a busca pelo “bem comum”.
Aristóteles, em Política e Ética a Nicômaco, diferenciou a economia (administração da casa e do Estado) da “crematística” (busca ilimitada por riqueza). Ele já alertava sobre os perigos da usura e defendia trocas justas.
Essas ideias, ainda rudimentares, mostravam que os gregos entendiam a importância da organização do trabalho, da moeda e das trocas na manutenção da vida em sociedade.
Influência Romana
Os romanos avançaram no aspecto prático da economia. Com um império vasto, precisaram desenvolver:
Sistemas de tributação para financiar o exército e obras públicas.
Infraestrutura econômica, como estradas, aquedutos e portos, que ampliavam o comércio.
Direito de propriedade e contratos, que deram base às leis comerciais modernas.
Embora menos filosóficos que os gregos, os romanos deixaram um legado institucional duradouro. O Direito Romano ainda hoje influencia sistemas legais e, por consequência, as bases jurídicas da atividade econômica.
Pensamento Econômico na Idade Média
Com a queda do Império Romano, a Europa entrou na Idade Média (séculos V a XV), um período em que a economia foi fortemente moldada pela religião e pelo feudalismo.
Economia e Igreja Católica
A Igreja Católica desempenhou papel central ao definir princípios éticos para a atividade econômica:
Usura (cobrança de juros) era condenada, pois o dinheiro não deveria “se multiplicar sozinho”.
O conceito de “justo preço” visava impedir exploração, garantindo que as trocas refletissem justiça social.
A caridade e a redistribuição eram valores fundamentais, mostrando a economia como instrumento de vida comunitária.
Tomás de Aquino (1225-1274)
Considerado o maior pensador econômico medieval, São Tomás de Aquino integrou a filosofia aristotélica com a teologia cristã. Ele defendia:
O comércio como atividade legítima, desde que não houvesse exploração.
A ideia de que o lucro era aceitável se visasse ao bem-estar social.
O conceito de “valor justo” baseado não só no custo de produção, mas também na necessidade e utilidade social.
O Feudalismo e as Corporações de Ofício
A economia medieval era majoritariamente agrária, sustentada pelo feudalismo. Senhores feudais controlavam terras, e servos trabalhavam em troca de proteção.
Nas cidades, surgiram as corporações de ofício, que regulavam preços, qualidade e formação de aprendizes, antecipando práticas de regulação econômica.
📚 Leitura recomendada: O livro História do Pensamento Econômico de E. K. Hunt oferece uma visão ampla e acessível das origens da economia, incluindo as contribuições gregas, romanas e medievais.
O Surgimento do Mercantilismo (Séculos XVI a XVIII)
Com o renascimento comercial europeu e as Grandes Navegações, surgiu uma nova lógica econômica: o mercantilismo.
Essa corrente dominou a Europa do século XVI ao XVIII e foi responsável por consolidar a ideia de que a riqueza de uma nação dependia da acumulação de metais preciosos, principalmente ouro e prata.
Características Principais do Mercantilismo
Acumulação de metais preciososA riqueza nacional era medida pelo estoque de ouro e prata, considerados símbolos de poder.
Balança comercial favorávelO objetivo era exportar mais e importar menos, garantindo entrada de riqueza no país.
Intervenção estatalGovernos controlavam tarifas, subsídios e monopólios para proteger indústrias nacionais.
ColonialismoColônias serviam como fornecedoras de matérias-primas baratas e mercados consumidores para produtos da metrópole.
Impacto das Grandes Navegações
O avanço marítimo permitiu a chegada a novas rotas e mercados:
Portugal explorou o comércio de especiarias e metais preciosos.
Espanha acumulou grandes quantidades de ouro e prata da América.
Inglaterra e França fortaleceram suas marinhas e disputaram territórios.
Esse processo gerou um capitalismo mercantilista, que lançou bases para a globalização econômica.
Críticas ao Mercantilismo
Apesar do sucesso inicial, surgiram críticas:
O foco em metais preciosos ignorava a produção e a inovação.
O protecionismo gerava guerras e tensões comerciais.
Muitos pensadores viam o excesso de intervenção estatal como prejudicial à liberdade econômica.
Essas críticas abriram caminho para uma nova visão, que emergiria no final do século XVIII com a Escola Clássica.
📚 Sugestão de leitura: O livro O Mercantilismo de Eli Heckscher é considerado um clássico e explica como essa doutrina influenciou profundamente a economia europeia.
A Escola Clássica: O Nascimento da Economia Moderna
O final do século XVIII marcou uma verdadeira revolução intelectual. Com a Revolução Industrial em andamento e as críticas ao mercantilismo, nasceu a Escola Clássica, que estabeleceu os fundamentos do capitalismo liberal.
Adam Smith: O Pai da Economia Moderna
Em 1776, Adam Smith publicou A Riqueza das Nações, obra que inaugurou a economia como ciência. Ele defendia:
Mão invisível do mercado: a busca individual pelo lucro gera benefícios coletivos.
Divisão do trabalho: aumenta a produtividade e a riqueza geral.
Livre comércio: barreiras comerciais impedem o crescimento econômico.
Smith criticou o mercantilismo e propôs que a liberdade econômica seria mais eficiente do que a intervenção estatal.
David Ricardo e a Vantagem Comparativa
Ricardo (1772-1823) aprofundou o pensamento clássico. Sua teoria da vantagem comparativa mostrou que países se beneficiam ao se especializarem em bens nos quais têm menor custo relativo de produção. Essa ideia é a base do comércio internacional moderno.
Thomas Malthus e a População
Malthus (1766-1834) alertou para os riscos do crescimento populacional. Em sua teoria, a população cresceria em ritmo geométrico, enquanto a produção de alimentos em ritmo aritmético, gerando crises de escassez.
Embora criticada, sua visão trouxe debates importantes sobre sustentabilidade e demografia.
A Revolução Industrial e seus Impactos Econômicos
A Revolução Industrial (século XVIII e XIX) foi mais do que um marco tecnológico: foi uma transformação econômica e social sem precedentes.
Principais Características
Uso de máquinas e mecanização da produção.
Produção em massa, reduzindo custos e ampliando mercados.
Urbanização acelerada, com milhões migrando para cidades industriais.
Ascensão da burguesia industrial e redefinição das relações de trabalho.
Novos Desafios
Surgimento da questão social: exploração do trabalho, péssimas condições de fábrica e aumento das desigualdades.
Consolidação do capitalismo industrial como modelo econômico dominante.
Demanda por novas teorias para explicar o funcionamento dessa economia em expansão.
A Revolução Industrial não apenas validou as ideias clássicas sobre mercado e produção, mas também expôs suas limitações, já que não explicava adequadamente os problemas sociais emergentes.
📚 Leitura essencial: A Riqueza das Nações (Adam Smith) continua sendo referência obrigatória para compreender a lógica do capitalismo que se consolidava na era industrial.
A Revolução Marginalista e o Neoclassicismo
No final do século XIX, a economia passou por uma transformação conceitual conhecida como Revolução Marginalista. O foco deixou de ser apenas a produção e passou para o comportamento do consumidor e a formação dos preços.
O Conceito de Utilidade Marginal
A grande inovação foi a noção de utilidade marginal: o valor de um bem não depende apenas do custo de produzi-lo (como defendiam os clássicos), mas da satisfação que ele gera ao consumidor na última unidade consumida.
Exemplo: a primeira garrafa de água em um deserto tem valor altíssimo; a décima já não tem tanta importância. Isso explica por que bens essenciais, como água, podem ter preço baixo, enquanto joias alcançam valores altos.
Principais Teóricos Marginalistas
William Stanley Jevons (Inglaterra) – relacionou utilidade marginal ao cálculo matemático.
Carl Menger (Áustria) – destacou a subjetividade do valor e fundou a Escola Austríaca.
Léon Walras (França/Suíça) – criou modelos matemáticos de equilíbrio geral, mostrando como mercados interagem simultaneamente.
Esse movimento consolidou o Neoclassicismo, que até hoje é uma das bases da teoria econômica, influenciando tanto a microeconomia quanto a modelagem matemática aplicada a mercados.
📚 Sugestão de leitura: História do Pensamento Econômico de Eric Roll — clássico que explica de forma acessível a transição da escola clássica para o neoclassicismo.
Marxismo: Uma Visão Crítica da Economia Capitalista
Enquanto os marginalistas focavam no consumidor, Karl Marx (1818-1883) analisava a economia pela ótica da produção e das relações de poder.
Contribuições de Karl Marx
Teoria do valor-trabalho: o valor das mercadorias vem do trabalho humano incorporado.
Mais-valia: diferença entre o valor produzido pelo trabalhador e o salário pago, que gera lucro para o capitalista.
Crítica ao capitalismo: Marx previa crises cíclicas, exploração crescente e concentração de riqueza.
Materialismo histórico: a economia é a base da sociedade, influenciando política, cultura e instituições.
Influência do Marxismo
As ideias de Marx inspiraram movimentos sociais, partidos políticos e revoluções, como a Revolução Russa de 1917. Mesmo criticado, seu pensamento continua relevante para análises de desigualdade, globalização e relações de trabalho.
📚 Livro recomendado: O Capital (Karl Marx) — obra fundamental para entender sua crítica ao sistema capitalista e sua visão histórica da economia.
O Pensamento Econômico no Século XX
O século XX foi marcado por crises globais (como a Grande Depressão de 1929) e pela disputa entre modelos econômicos. Nesse contexto, surgiram novas correntes que moldaram o funcionamento da economia mundial.
Keynesianismo: O Estado como Protagonista
Durante a Grande Depressão, o desemprego em massa desafiou as teorias clássicas e neoclássicas, que acreditavam no ajuste automático dos mercados.
Em 1936, John Maynard Keynes publicou A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Ele defendia que:
O Estado deveria intervir na economia em momentos de crise.
Investimentos públicos e políticas fiscais expansionistas poderiam gerar emprego e renda.
O consumo e a demanda agregada eram os motores do crescimento.
O Keynesianismo dominou políticas públicas no pós-guerra e influenciou diretamente o New Deal nos EUA e o Estado de bem-estar social na Europa.
📚 Dica de leitura: A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (Keynes) — leitura densa, mas essencial para compreender a macroeconomia moderna.
A Escola de Chicago e o Monetarismo
Na segunda metade do século XX, surgiram críticas ao Keynesianismo, principalmente diante da estagflação (inflação + desemprego) dos anos 1970. Milton Friedman, líder da Escola de Chicago, defendeu o Monetarismo:
A inflação é sempre um fenômeno monetário.
O controle da oferta de dinheiro é a chave da estabilidade.
O mercado livre deve prevalecer sobre a intervenção do Estado.
Esse pensamento ganhou força durante os governos de Margaret Thatcher (Reino Unido) e Ronald Reagan (EUA), influenciando políticas neoliberais em várias partes do mundo.
Economia do Desenvolvimento
Após a Segunda Guerra Mundial, a questão do desenvolvimento de países da América Latina, Ásia e África ganhou centralidade.
Raúl Prebisch (argentino) desenvolveu a teoria da dependência, mostrando como países periféricos eram prejudicados na troca com os países centrais.
Amartya Sen (indiano e Nobel de Economia) defendeu que desenvolvimento não é apenas crescimento econômico, mas também liberdade, saúde e educação.
Essas visões ampliaram a compreensão sobre desigualdade global e políticas de desenvolvimento sustentável.
📚 Sugestão de leitura: Desenvolvimento como Liberdade (Amartya Sen) — um dos livros mais influentes sobre economia do desenvolvimento, disponível na Amazon Brasil.
Pensamento Econômico Contemporâneo
O século XXI trouxe novos desafios: mudanças climáticas, globalização acelerada, tecnologia digital e desigualdades persistentes.
Para compreender esses fenômenos, novas abordagens surgiram, ampliando o escopo da economia além da matemática e das estatísticas.
Economia Comportamental
A economia comportamental une psicologia e economia para estudar como as pessoas realmente tomam decisões — muitas vezes de forma irracional.
Daniel Kahneman, Nobel de Economia, demonstrou que vieses cognitivos afetam escolhas financeiras.
Richard Thaler, também Nobel, popularizou conceitos como “nudges” (empurrõezinhos), mostrando como pequenas mudanças no ambiente influenciam decisões.
Essa abordagem ajuda governos e empresas a formular políticas e estratégias mais eficazes, considerando emoções, hábitos e limitações cognitivas.
📚 Sugestão de leitura: Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar (Daniel Kahneman) — leitura fundamental para entender como tomamos decisões econômicas no dia a dia.
Economia Ambiental e Sustentabilidade
Com as crises climáticas, a economia ambiental ganhou centralidade. Ela busca integrar crescimento econômico e preservação ambiental.
Políticas como impostos sobre carbono, créditos de energia limpa e certificações sustentáveis buscam reduzir impactos ambientais.
O conceito de economia circular (reuso, reciclagem e redução de desperdício) se tornou tendência global.
A meta é garantir que o desenvolvimento econômico atual não comprometa as necessidades das futuras gerações.
Globalização e Tecnologia
A globalização interligou mercados, cadeias de produção e sistemas financeiros. Ao mesmo tempo, a tecnologia digital transformou a forma como consumimos, trabalhamos e produzimos riqueza.
Economia digital: comércio eletrônico, fintechs e criptomoedas desafiam regulações tradicionais.
Trabalho remoto e automação: remodelam relações de trabalho e exigem novas políticas de qualificação.
Desigualdade global: a integração beneficia alguns países e setores, mas amplia a exclusão de outros.
Essas dinâmicas mostram que a economia é hoje mais interdependente e complexa do que nunca.
Pensamento Econômico no Brasil
O Brasil, como país emergente, teve papel importante na formulação de teorias econômicas adaptadas à realidade latino-americana.
Celso Furtado e a Teoria da Dependência
Celso Furtado é considerado um dos maiores economistas brasileiros. Em obras como Formação Econômica do Brasil, ele analisou como a colonização e a estrutura produtiva baseada em exportação de commodities moldaram a economia nacional.
Sua visão inspirou políticas de desenvolvimento regional, como a criação da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste).
Luiz Carlos Bresser-Pereira e o Novo Desenvolvimentismo
Mais recentemente, economistas como Bresser-Pereira formularam o Novo Desenvolvimentismo, que defende:
Papel estratégico do Estado para coordenar investimentos.
Políticas industriais que estimulem inovação.
Combate à desindustrialização precoce do Brasil.
Outros Nomes Relevantes
Maria da Conceição Tavares: referência em macroeconomia e crítica das políticas de austeridade.
Raúl Prebisch (argentino, mas com forte impacto no Brasil): analisou as trocas desiguais entre países desenvolvidos e periféricos.
📚 Dica de leitura: Formação Econômica do Brasil (Celso Furtado) — obra clássica para compreender as raízes da economia brasileira.
O Que a História do Pensamento Econômico nos Ensina?
A trajetória do pensamento econômico revela uma busca constante por respostas aos dilemas humanos: como produzir, distribuir e utilizar recursos escassos de forma justa e eficiente.
Na Antiguidade, aprendemos a importância da organização social e do papel da moeda.
No mercantilismo, vimos como o comércio e a acumulação moldaram impérios.
Com os clássicos, nasceu o capitalismo liberal e o comércio internacional.
A Revolução Industrial mostrou os ganhos da inovação, mas também expôs desigualdades.
No século XX, teorias como o Keynesianismo e o Monetarismo disputaram o protagonismo das políticas econômicas.
Hoje, a economia dialoga com psicologia, meio ambiente e tecnologia para enfrentar os desafios globais.
O estudo do pensamento econômico não é apenas histórico — é prático e atual. Ele nos ajuda a compreender crises financeiras, políticas públicas e até decisões pessoais de consumo e investimento.
Para quem busca aplicar esse conhecimento de forma prática na vida pessoal, recomendo O Economista Sincero: 18 Princípios Para Evoluir (Charles Mendlowicz), disponível na Amazon Brasil. O livro traz lições acessíveis para melhorar sua relação com dinheiro e investimentos.
Perguntas Frequentes (FAQ)
O que é o pensamento econômico?
O pensamento econômico é o conjunto de teorias, ideias e reflexões que buscam explicar como as sociedades organizam a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços. Ele evoluiu ao longo da história, acompanhando mudanças sociais, políticas e tecnológicas, e hoje é fundamental para compreender desde decisões governamentais até escolhas financeiras individuais.
Quem foi Adam Smith?
Adam Smith foi um filósofo e economista escocês do século XVIII, considerado o “pai da economia moderna”. Em sua obra mais famosa, A Riqueza das Nações (1776), ele apresentou conceitos como a “mão invisível do mercado” e a importância da divisão do trabalho, fundamentos do capitalismo liberal que ainda influenciam a economia mundial.
O que foi o mercantilismo?
O mercantilismo foi um sistema econômico predominante entre os séculos XVI e XVIII, caracterizado pela busca da acumulação de metais preciosos, pela manutenção de uma balança comercial favorável e pela forte intervenção do Estado. Essa doutrina também estava ligada ao colonialismo, já que as colônias eram vistas como fonte de matérias-primas e mercados consumidores para as metrópoles.
Qual foi a importância da Revolução Industrial?
A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, foi um divisor de águas na história econômica. Ela trouxe a mecanização da produção, permitiu a produção em larga escala, reduziu custos e transformou o trabalho humano. Também acelerou a urbanização, ampliou mercados e consolidou o capitalismo industrial, mas trouxe desafios sociais como desigualdade e exploração do trabalho.
O que é o Keynesianismo?
O Keynesianismo é uma teoria criada por John Maynard Keynes no século XX. Ele defendia que o Estado deveria intervir ativamente na economia para evitar crises, estimular a geração de empregos e equilibrar os ciclos econômicos. Essa visão deu origem ao conceito de macroeconomia moderna e influenciou políticas públicas em diversos países após a Grande Depressão de 1929.
O que a Economia Comportamental estuda?
A Economia Comportamental analisa como fatores psicológicos, emocionais e sociais influenciam as decisões econômicas. Diferente das teorias tradicionais, que assumem que as pessoas agem de forma totalmente racional, essa abordagem mostra que vieses cognitivos e emoções podem distorcer escolhas de consumo, investimento e poupança. Ela tem aplicações práticas em finanças pessoais, políticas públicas e estratégias de marketing.
Qual a contribuição de Celso Furtado?
Celso Furtado foi um dos maiores economistas brasileiros e um dos principais representantes do pensamento econômico latino-americano. Em sua obra clássica Formação Econômica do Brasil, ele analisou como a colonização e a dependência externa moldaram a economia nacional. Furtado também foi o idealizador da Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) e influenciou políticas de desenvolvimento regional, sendo referência até hoje em estudos sobre desigualdade e crescimento no Brasil.
Leia também:
Gostou do nosso conteúdo? Salve o nosso site em seus favoritos e nos acompanhe nas redes sociais.
Receba nosso conteúdo mais atualizado no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o nosso canal: https://t.me/sagoinvestimentos
Sago Investimentos
DISCLAIMER: Nossos artigos não se tratam de recomendação de compra ou de venda de quaisquer ativos do mercado financeiro. Nosso conteúdo representa apenas a nossa opinião sobre educação financeira, investimentos e o mercado financeiro. Destaque-se que os nossos artigos podem conter links de afiliados. É importante ressaltar que só recomendamos produtos ou serviços que confiamos e que agreguem valor aos leitores.









_edited_edited_ed.jpg)
Comentários